PALMITOS CELEBRA 71 ANOS DE EMANCIPAÇÃO COM HOMENAGEM À FAMÍLIA DE CARLOS CULMEY

5 maio, 2025 | Notícias | 0 Comentários

PALMITOS CELEBRA 71 ANOS DE EMANCIPAÇÃO COM HOMENAGEM À FAMÍLIA DE CARLOS CULMEY

5 maio, 2025 | Notícias | 0 Comentários

|Palmitos, SC — 03 Maio de 2025 / Por: OESC TV

O município de Palmitos, no Oeste de Santa Catarina, celebrou em março de 2025 seus 71 anos de emancipação político-administrativa e 99 anos de colonização. A data foi marcada por homenagens à trajetória histórica da cidade e, em especial, à figura central do colonizador Carlos Culmey, cuja presença é considerada fundamental para o desenvolvimento inicial da região.

Segundo Cláudio El Salvador, diretor de Turismo de Palmitos, os primeiros colonizadores chegaram à região por meio da Companhia Colonizadora Sul Brasil. “Carlos Culmey fazia questão de receber pessoalmente os imigrantes que chegavam ao que viria a se tornar Palmitos”, afirmou. Na época, a empresa mantinha, na localidade de Linha Cascalho, a “Casa do Imigrante”, onde as famílias aguardavam a abertura de estradas e piquetes que lhes permitiriam chegar às suas terras.

A colonização teve como protagonistas famílias alemãs e italianas, que logo passaram a organizar comunidades e investir em educação. Os alemães, preocupados com o ensino dos filhos, contratavam professores com recursos próprios. O primeiro professor foi Rudolfo Schreiner, hoje nome de uma das escolas do município. Já entre os italianos, a educação formal chegou um pouco mais tarde, com Flávis Bondan Lazzari como a primeira professora registrada.

Com o passar dos anos, a região se desenvolveu rapidamente. Um ponto emblemático foi a descoberta de uma fonte de água mineral em Linha Taquarussu, que levou à construção de balneário e hotéis para receber visitantes, atraídos pela fama das “águas milagrosas”. Para melhorar a infraestrutura, Avelino Alves Triches – que se tornaria o primeiro prefeito eleito da cidade – instalou, em 1929, um gerador de energia elétrica e um sistema de telefonia sem fio, conectando as localidades de Taquarussu, Linha Cascalho e Mondaí.

A sede do município passou por diferentes localidades até ser estabelecida, em 1947, no local onde se encontra atualmente. O nome “Palmitos” foi escolhido em razão da abundância de coqueiros na região. Em 2 de março de 1954, o município foi oficialmente instalado pela Lei Estadual nº 133, com Olavo Spaldin de Souza nomeado como primeiro prefeito provisório. No mesmo ano, Avelino Alves Triches foi eleito prefeito, e foi formada a primeira Câmara de Vereadores, composta por sete membros.

Entre as principais atividades econômicas da época, destacava-se a exploração da madeira. Devido às dificuldades logísticas, os troncos eram transportados até a Argentina por meio de balsas no Rio Uruguai. As viagens duravam entre cinco e oito dias e exigiam grande esforço físico dos balseiros, que cozinhavam e dormiam sobre as embarcações. O trecho mais temido era o Salto Grande do Uruguai, hoje conhecido como Salto do Yucumã.

A história de Palmitos, no entanto, remonta ao ano de 1641, quando bandeirantes paulistas passaram pela região a caminho do Rio Grande do Sul. Antes da colonização europeia, a área era habitada por indígenas, principalmente do povo Kaingang, com presença esporádica de guaranis. A escassez de registros impede uma descrição detalhada da população nativa.

Durante as comemorações do aniversário do município, houve ainda agradecimentos especiais à historiadora Arli Orsolin, cuja pesquisa acadêmica contribuiu para a preservação das memórias locais. Também foram prestadas homenagens à família de Carlos Culmey, cuja contribuição é lembrada com nomeações de espaços públicos e reconhecimento histórico.

“É uma honra receber os descendentes do nosso colonizador. A história de um povo engrandece sua gente”, declarou a prefeita Giovanna Giacomolli, em nome da administração municipal (gestão 2025–2028), ao lado do vice-prefeito Itamar Fiorese.

Em um momento emocionante, membros da família Culmey doaram um quadro retratando o antigo Castelinho, construído pelo avô do colonizador, com a intenção de contribuir para a reconstrução do patrimônio histórico. A aquarela, embora de autoria desconhecida, é considerada uma relíquia do passado da cidade.

Hoje com cerca de 15.600 habitantes, Palmitos se destaca como um município próspero, com economia baseada na agricultura, tradição preservada e um povo reconhecido pela sua hospitalidade e espírito trabalhador. Como afirmou Cláudio El Salvador, “Carlos Culmey já enxergava, há 100 anos, o potencial desta terra abençoada às margens do majestoso Rio Uruguai.”

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