Em alusão ao Dia Nacional de Conscientização sobre Drogas e Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro, a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Palmitos concedeu entrevista à Oesc TV.
A coordenadora do CAPS, Débora Riese, destaca que a abordagem do tema é feita durante todo o ano, com atividades educativas e terapêuticas voltadas para a comunidade em geral. “Os protocolos de saúde mental incluem álcool e outras drogas, e a sociedade ainda não reconhece o álcool como uma droga”, afirma Débora. “Infelizmente, é uma droga lícita, comprada e consumida em qualquer lugar”, completa.
A coordenadora ressalta que o uso e abuso de álcool e drogas são considerados transtornos mentais, que alteram o comportamento e o pensamento das pessoas. “A droga modifica nosso comportamento, nosso pensamento, seja deprimindo ou estimulando, causando delírios e alucinações”, explica.
Segundo Débora, a droga mais utilizada no Brasil é a cocaína, mas o álcool é considerado a porta de entrada para outras drogas. “O álcool é muito aceito socialmente, e os adolescentes começam a usá-lo em casa, com o consentimento dos pais”, lamenta.
O CAPS de Palmitos oferece diversos serviços para pessoas que buscam ajuda para lidar com o uso de álcool e drogas, como grupos de apoio, atendimentos individuais e acompanhamento psiquiátrico. “Temos de 5 a 6 acolhimentos por dia de pessoas que querem parar de beber ou usar drogas”, relata Riese.
A coordenadora destaca que o CAPS também realiza ações de conscientização nas escolas, através do projeto Adolecer, que aborda o tema do uso de drogas com adolescentes. “Temos muitos casos de jovens que desenvolvem esquizofrenia devido ao uso de maconha”, alerta. “É preciso desmistificar a ideia de que a maconha não faz mal”, completa.
Riese enfatiza que o CAPS está sempre de portas abertas para receber pessoas que precisam de ajuda para lidar com o uso de álcool e drogas. “Oferecemos apoio e tratamento para quem busca uma vida mais saudável”, finaliza.
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